sábado, 25 de outubro de 2008


Saudações!
Bom, ta rolando o TIM FESTIVAL, com atrações sensacionais.
Poderia destacar várias, mas escolhi uma, que já sou apreciadora faz um tempo.
Speranza Spalding.
A americana de 22 anos, trocou o violino pelo baixo acústico aos 15 anos, e pouco tempo depois foi convidada para tocar em uma banda de blues formada por músicos veteranos. Aos 17 entrou para o conceituado Berklee College of Music e, três anos depois, tornou-se a mais jovem professora de baixo da instituição.
Speranza, que já esteve antes no Brasil, apesar de não ser muito conhecida, é o tipo de artista que vale muito a pena ir atras de material.
"- Sei que o baixo é um instrumento incomum para uma mulher, mas há 50 anos qualquer instrumento também era. Gosto de fazer coisas diferentes do que já foi feito antes - diz a americana, que conseguiu realizar um antigo desejo na volta ao Brasil: - Enfim comi pão de queijo novamente. Fiquei pensando nisso por dois anos. "
Simplesmente sensacional!!!
Maiores informações sobre ela no no site oficial (http://www.esperanzaspalding.com/) e no seu MySpace (http://www.myspace.com/esperanzaspalding).
Até breve!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Saudações!
Leiam e opinem.

Sou uma incógnita entre tantas incógnitas, sou uma mulher e uma menina, sou a razão e a emoção, sou tudo e nada, sou o carinho e o tesão, sou apenas mais uma e sou única... Assim como todos são... ou não?!
Não me julgue , nem se achar que me conhece, não me zombe, pois realmente não me conhece, não se iluda, não sou perfeita, não se assuste, algumas coisas não são exatamente como vc ve, não se aproxime se já tem a idéia de se afastar... Sou assim, duas de mim, as vezes, quatro, cinco, seis, sou uma por mês, me diversifico, tem horas que grito, vivo em conflito, mostro ao mundo a minha dor...Outras horas só sei falar de amor, a mais romântica,melodramática, estática,chorosa e nervosa, carente e decadente, vingativa e inconseqüente.
Aí, quando menos percebo me transformo numa mulher cheia de medo, cheia de reservas, coberta de sutilezas, séria e sem defesa.
No momento seguinte, no papel de mulher fatal, viro a tal, aí sou dona do mundo, segura e destemida, altiva e atrevida, rasgo meus segredos ao meio e exponho num roteiro, de poesia ou texto.
Sou assim várias de mim, sorisso por fora, angústia toda hora, por dentro um tormento, no rosto nenhum sofrimento.
Melhor nem me conhecer,fique com as minhas letras, com as minhas palavras,na vida real sou bem mais complicada, sou mil, e quem tentou, descobriu, que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado prestes a explodir, mas quem esteve nele nunca quis fugir.
Procuro ver o lado bom de tudo que acontece. Tem sempre algo que faz nossos dias valerem a pena!
Me conquistar é até fácil, difícil é me manter apaixonada.
Sou uma criatura ao mesmo tempo delicada e agressiva...
Se quer saber quem eu sou, procure descobrir.

Leonor Passos


Até breve!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Saudações!
Hoje serei breve.
A dica de leitura:
Lavoura Arcaica de Raduan Nassar
A outra dica, essa de música, é o ainda não lançado, mas disponível na internet, álbum de Mallu Magalhães.
A guria ta fazendo um relativo sucesso na mídia, apesar de ser bem novinha.
vale apena!
Até breve!

domingo, 19 de outubro de 2008


Saudações!
Bom, depois de duas breves biografias, srei um pouco mais "básica".
Por ser viciada em música, é provável que sempre coloque algo relativo aqui no blog.
Um outro vício que tenho são os livros, logo, esses tb não podem faltar.
Quanto à música a "dica" de hoje( parece aqueles programas femininos, rs), é uma banda.
Bumcello.
Os percursos respectivos de Vincent Segal e Cyril Atef, as duas cabeças pensantes de Bumcello, fazem lembrar o genérico da série Amicalement Vôtre (The Persuaders): histórias paralelas, mas com estranhas similitudes nos gostos e nas escolhas artísticas. Um (Vincent) é natural de Reims e violoncelista, o outro (Cyril) é percussionista e cresceu nos Estados Unidos. Os seus caminhos cruzam-se em 1996, em Paris, por intermédio do saxofonista Julien Loureau. Alimentadas por uma multiplicidade de influências (ragga, dub, punk, jungle, mas também rumba, gnawa, soul, samba), as suas improvisações não tardam em constituir a base comum do som Bumcello (pronunciar "beumechello").
Vale a pena ir atrás.
http://www.bumcello.com ou na comunidade do orkut
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=5944522
A outra "dica", essa literária, é um livro que está na moda agora, por conta da filmagem( também muito boa)
Ensaio sobre a cegueira do escritor português, José Saramago.
Não tem como descrever, cada pessoa que lê tem um relato diferente a fazer sobre a história, mas é ponto pacífico que é um enredo forte e no mínimo interessante.
Até breve!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008


Saudações!Hoje vou de Ella...Ella Jane Fitzgerald, nasecu em 25 de Abril de 1917, em Newport News, Virginia, EUA.Algumas fontes afirmaram durante anos que Ella havia nascido em 1918, mas o biografo Stuart Nicholson, (que teve acesso à certidão de nascimento original da cantora), corrige.Ao que parece, Ella mentiu sua idade ao se casar com o baixista Ray Brow, no dia 10 de Dezembro de 1947.Ella mentiu para diminuir a diferença de nove anos entre os dois. Ray tinha na época 21 anos, talvez Ella tenha feito isso para ao menos "ficar na mesma faixa etária" do marido.Seus pais, William Fitzgerald e Tempie(abreviação de Temperance), nem chegaram a se casar, oficialmente.William até reconheceu a paternidade, mas desapareceu quando a garota tinha três anos.Um ano mais tarde, Tempie e a filha já moravam com Joseph da Silva, português da primeira geração de imigrantes.Com Tempie já esperando outra filha, os três se mudaram para a suburbana cidade de Yonkers, em Nova York, em 1923.Foi na igreja que Ella aprendeu as primeiras lições de música, assim como tantos outros cantores e cantoras norte-americanos.O rádio e o fonógrafo, também foram veículos fundamentais para sua formação.Graças a seu ouvido e voz privilegiados, Ella tinha muita facilidade para imitar instrumentos e cantores, Ella gostava tanto dessas imitações que, mesmo depois de sua carreira consolidada, ainda usava fragmento de imitações em suas canções, principalmente de Louis Armstrong.Ella tinha outra paixão, a dança.Aos 14 anos costumava frequentar o Savoy, tradicional salão de dança do Harlem.A morte súbita de Tempie, vítima de ataque cardíaco, no início de 1932, foi o prenúncio de uma fase difícil para a garota.Misteriosamente semanas depois, sem muitas explicações, Ella foi morar na casa de sua tia Virgínia, no Harlem.Os anos seguintes foram um pesadelo.Sem conseguir se acertar com a tia, Ella deixou a escola.Para ganhar dinheiro começou a fazer"bicos", vendia números da loteria bancada pela máfia ou trabalhava de olheira para prostitutas, avisando-as da chegada da polícia.Pega em flagrante, acabou sendo enviada para uma espécie de reformatório, em Nova York, de onde fugiu em 1934.Para não voltar para a casa da tia, Ella foi tentar a carreira de dançarina.Em Novembro de 1934, Ella estava entre as finalistas da noite de amadores do lendário Apollo Theater, numa região conhecida como Broadway negra, concorrendo como cantora, já que não se sentiu segura para enfrentar as outras concorrentes.Saiu ganhadora, mas não chegou a receber o prêmio.Estava tão mal vestida e com aspesto de quem não tomava banho a dias(já que não tinha um local certo para dormir), que a direção do teatro não quis correr o risco de ter sua "imagem arranhada".Dois meses depois, ganhou um prêmio parecido, no Harlem Opera House, dessa vez, o prometido prêmio de uma semana de apresentações na casa foi honrado, mas como ela não tinha um vestido adequado para as apresentações, o diretor da casa bancou a compra, mas a despesa foi debitada de seu cachê.Em Março de 1935, foi convocada para uma audiçaõ informal com o baterista Chick Webb, líder de uma das mais populares big bands do Harlem.Mesmo depois de ouvir a garota, Webb relutou, por conta da aparência da moça.Os músicos da banda o aconselharam a seguir os ouvidos ao invés dos olhos, curioso era que o próprio Webb estava distante de ser um príncipe, a tuberculose que ele contraiu na infância deformou sua coluna, deixando-o corcunda e com os ombros muito largos.Webb acabou cedendo e no ano seguinte, ao gravar os vocais de Sing Me a Swing Song(and Let Me Dance), foi a grande responsável por colocar a banda nas paradas de sucesso.Com apenas dois anos de carreira, Ella foi eleita a melhor vocalista de 1937, simultaneamente pela Down Beat e pela Metronome, as duas principais revistas de jazz da época.Um marco desse fase foi A-Tisket, A-Tasked, uma antiga canção de ninar que Ella teve a idéia de arranjar em ritmo de swing.Em Junho de 1938, o disco entrou nas paradas e permaneceu no primeiro lugar por 17 semanas. Por volta de 1950, essa gravação já tinha vendido cerca de um milhão de cópias nos EUA.Em Junho de 1939, Webb faleceu por conta de problemas no rins, meses antes de completar 30 anos.Ella assumiu a liderança nos palcos, mesmo que nos bastidores esse papel ficasse a gargo de Moe Gale, empresário da orquestra.Durante o primeiro semestre de 1942, a cantora começou a fazer uma série de gravações com o grupo Three Keys, e acabou deixando a banda.Alguns meses antes de sair da banda, Ella sofreu outra decepção.Mesmo não sendo um modelo de beleza, seu sucesso funcionava como um chamariz.Ella se envolveu com Benny Kornegay, um sujeito discreto, que depois de alguns meses cortejando-a, começou a acompanha-la no ônibus da banda em viagens curtas. Pouco depois ele já estava morando com ela e recebndo seus cheques de pagamento.Durante uma turnê pelo sul do país, em Dezembro de 1941, com sigilo total, casou-se com ele em St.Louis(Missouri).Tempos depois, Gale, o empresário, desconfiado, acabou por descobrir que Kornegay havia cumprido pena por tráfico e queria gerir a carreira de Ella.O casamento foi anulado.Talvez por excesso de ingenuidade, Ella acumulou decepções nessa área.Mesmo o casamento com Ray Brown, em Outubro de 1947, não chegoun a completar seis anos.O casal até adotou um garoto, mas o fato do contrabaixista ter optado por não desistir de suas constantes viagens com o trio do pianista Oscar Peterson, fazia com que os dois se vissem cada vez menos.O divórcio foi oficializado em Agosto de 1953.Mesmo assim, continuaram amigos e se apresentaram e gravaram juntos diversas vezes.Ella seguiu sua carreira de sucesso, gravando com os maiores nomes da época e se consagrando como uma dama da canção.Fanática por trabalho, Ella mantinha uma média de 10 a 11 meses de turn~es intensas, muitas vezes fazia duas apresentaçãoes por noite.Até que em 1965, se sentiu mal numa apresentação em Munique, na Alemanha.Era o prenúncio das dificuldades que a diabete lhe trouxe.No início dos anos 70, começou a ter dificuldades de visão e em 1986 enfrentou uma cirurgia no coração.Mesmo com a saúde debilitada, ainda fazia apresentações até 1990, quando seu estado se agravou.Ironicamente, a garota que adorava dançar, teve suas duas pernas amputadas em 1993, passando os últimos dias numa cadeira de rodas.Dificil dizer quem sentiu mais falta dos palcos, os fãs ou ela própria."Sei que não sou uma garota glamourosa.Não é fácil pra mim, ficar na frente de uma multidão. Isso me incomodava bastante, mas percebi que Deus me deu esse talento para usá-lo, então eu fico lá e canto." Ella Fitzgerald

Ao som de Mr. Paganini Ella Fitzgerald

terça-feira, 14 de outubro de 2008


Saudações!
Ainda sobre Mingus...

Charles Mingus Jr., nasceu em 22 de Abril de 1922 em Nogales, Arizona, EUA.
Faleceu em 5 de Janeiro de 1979.

Mingus nasceu numa base militar, localizada em Nogales, perto da fronteira com o México.
Sua mãe, Harriet Sophia Mingus, texana de ascendência negra e chinesa, já estava muito doente na época do parto. Uma inflamação crônica nos músculos do coração, decorrente do consumo excessivo de álcool, acabou tirando sua vida aos 38 anos, antes que seu filho completass seis meses.
Charles Mingus, o pai, era sargento do exército. Tinha olhos azuis e um tom de pele claro o suficiente para ser visto como branco. Nascido de um "affaire" entre um negro e uma sueca, soube tirar proveito dessa aparência para alcançar um relativa segurança financeira, mas não por sentir vergonha de suas origens africanas, mas pelo preconceito(ainda hoje existente) na sociedade norte- americana.
Brian Priestley, biógrafo de Mingus, diz que o sargento Mingus, descarregava com frequencia seu mau humor e frustrações tanto nas filhas mais velhas, Grace e Vivian, como no caçula( que atribuia a habitual violência do pai ao fato de ele ser ex-soldado).
A família Mingus se mudou para a califórnia poucas semanas antes de Harriet morrer.
Charles Jr, cresceu em Watts, uma área suburbana situada 5Km ao sul do centro de Los Angeles, que já vivia na época um processo de grande transformação.
Inicialmente habitada por hispânicos oriundos do México e brancos norte-americanos, com o tempo watts foi se transformando em um superpovoado gueto negro.
O sargento Mingus, em Julho de 1923, se casou com Mamie Carson, uma mulher de auto-estima forte, meio negra, meio índia, que assumiu a função de criar os filhos do marido em troca de segurança econômica. Embora já fosse mãe de um adolescente, Mamie sempre teve certa predileção por Charles Jr( apelidado por ela de Baby).
Mingus reconheceu mais tarde que cresceu superprotegido pela madrasta.
O interesse do garoto por música foi estimulado desde cedo pelas aulas de violino e piano que as irmãs recebiam em casa.
Mamie só permitia que se ouvisse música de conteúdo religioso em casa, tanto no rádio como, posteriormente na vitrola da casa.
Acompanhando a madrasta nos cultos da igreja, Charles encontrou o primeiro instrumento pelo qual se interessou: o trombone, não à toa usado na banda da igreja com quase a mesma função de um baixo.
Tempos depois, por não conseguir tocar o instrumento adequadamente e seguindo conselho de um amigo que lhe dava aulas, trocou o trombone por um violoncelo.
Foi ouvindo rádio que ele descobriu a paixão por Duke Ellington, paixão que o acompanharia por toda a vida.
O clarinetista Buddy Collete também contribuiu para que Charles encontrasse seu caminho musical.
Por volta de 1938 ele o convenceu a trocar o violoncelo por um instrumento da mesma" família", o contrabaixo.
Estudou baixo com Red Callender e Teoria e piano com Lloyd Reese( onde também se desenvolveu como compositor).
Aos 17 anos compôs What Love e Half Mast Inhibitions.
Tocou com importantes nomes do jazz, entre eles Miles Davis, Charlie"Bird" Parker e Louis Armstrong.
Em 1952, em sociedade com o baterista Max Roach, fundou a gravadora independente Debut Records, a empresa durou cinco anos, mas foi responsável pelo lançamento de álbuns de Kenny Dorham, John La Porta, entre outros nomes do jazz moderno.
Em Janeiro de 1953, assumiu o contrabaixo da big band de Duke Ellington, seu primeiro ídolo musical.
Essa parceria levou Mingus a uma séria discussão com o trombonista Juan Tizol, por conta de um arranjo que Mingus não havia gostado, os dois trocaram ameaças e Mingus foi convidado a pedir demissão.
Apesar disso, gravou com Ellington e Max Roach o álbum Money Jungle, em 1962.
Apesar da fama de "brigão", Mingus tocou com os maiores mestres do bebop.
Em Dezembro de 1955 Mingus criou o Jazz Workshop, espécie de companhia de repertório musical, inicialmente com formação flutuante.
Em Janeiro de 1956, gravou Phitecantropus Erectus, onde valorizava a composição espontânea, basicamente o mesmo método que Duke Ellington utilizava.
Seguiu compondo e gravando com os mais diversos nomes do bebop, hard bop e jazz de vanguarda, consolidando sua carreira.
Nem mesmo depois de saber que sofria de um raro tipo de paralisia muscular ( doença de Lou Gehrig), em 1977, Mingus desistiu de compor.
Em seus últimos meses de vida, já numa cadeira de rodas, ainda gravava esboços de composições e colaborou com a cantora Joni Mitchell, que letrou algumas de suas composições.
Felizmente seu precioso legado musical não se perdeu.
Em Abril de 1979 nasceu a Mingus Dinasty, banda idealizada por Sue Mingus, sua viúva.
Na primeira formação participaram antigos parceiros de Mingus, depois vieram outros discípulos.
Em 1991, a banda foi ampliada para Mingus Big Band.
A ironia é que, durante sua vida, o próprio Mingus não teve chance de participar de uma big band que tocasse exclusivamente suas composições.
Cerca de 100 músicos tem participado das formações da Mingus Dinasty, da Mingus Big Band e da Charles Mingus Orchestra, que passaram q se revezar nas apresentações em Nova York e nos festivais de jazz pelo mundo.

"A música é a evidência de que minha alma vai viver". Charles Mingus
Bom, em primeiro lugar, saudações aos visitantes(se e que vai ter um visitante).
Criei o blog, com o intuito de divulgar e comentar, coisas das quais eu gosto(ou não).
Essas "coisas", podem ser, poemas, pensamentos, dicas de leitura, musica etc.Uma coisa bem básica, mas que pode servir pra algo...
A idéia do blog surgiu, basicamente, da falta absoluta do que fazer, mas isso não significa que não seja uma boa coisa, afinal, devemos exercitar o "ócio criativo"...Simples assim..., até breve!

(pra começar).
Dica de leitura: A Erva do Diabo. Carlos Castaneda( vale a pena ler)
Ao som de : Charles Mingus( baixista, fodastico!!!!) ( e excelente pianista tb).
"Mingus podia ser delicado como um bebê ou selvagem como qualquer homem"(Gunther Schüller)