sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Eu não acredito em bruxas...mas que elas existem, isso existem...
Gostosuras ou travessuras?

domingo, 25 de outubro de 2009

DA CHEGADA DO AMOR

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis um amor que elaborasse.
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
bom dia
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senãos.

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis um amor que amasse.

Elisa Lucinda

Ouvindo: Help! The Beatles...

domingo, 18 de outubro de 2009

BUSCA

E foi assim...
Indo contra tudo e contra todos
assumiu os riscos, se vestiu de coragem,
se armou sem defesas e foi.
Não se sabe se por impulso, hábito ou por simples desejo,
fato é que se deixou ir.
Na bagagem,
vida, esperança, alguns vícios, livros e algumas banalidades.
Sobrevivência dobrada em cima do medo
que é pra não amassar.
Foi indo, seguindo
E nem quando, no meio do caminho viu que ainda podia voltar
nem quando percebeu que o tempo estava a mudar,
nem nada disso foi motivo forte para parar.
Na fraqueza,
se fez forte.
Quando triste...sorriu.
Ouvia as velhas frases ainda frescas na memória,
mas ainda assim,
ainda que caminhasse contra uma multidão,
ainda que muitos lhe implorassem a razão,
simplesmente seguiu.
Ainda que uma nuvem de dúvidas e receios,
fosse companhia no caminho.
Mesmo assim, talvez por teimosia, seguiu.
Não se sabe se por impulso, hábito ou por simples desejo,
Seguiu.
Dizem que ainda busca
aquilo que fará aquietar
toda a angústia e desassossego.
Não se tem notícias de caminho mais longo,
nem de caminho mais rico.
Caminha apenas,
estradas tortas,
Contra todas as apostas.
Prova.
Se alimenta da vida.
Espera o dia em que encontrará
aquilo que fará aquietar
toda angústia e desassossego
Espera o dia em que conseguirá
tranquilamente
feliz
e com satisfação
chegar.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

E hoje é dia dos professores!!!
Bom, pelo menos hoje é o dia em que muitas(algumas) pessoas lembram que é dia dos professores...
Por trilhas incertas, quebrando barreiras, enfrentando desafios e superando expectativas...praticamente um rally...
É isso ai, parabéns à todos os professores(as) (pra mim tb^^)...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Alguem quer uma cachorrinha???
Please!

domingo, 11 de outubro de 2009

Eu tenho vários amigos.
AmigOS, assim mesmo, masculino e no plural, e isso não significa nada além do fato de eu ter vários amigos e amar todos eles...
Eu gosto de sair pra beber, falo palavrão, não gosto de machismo, em homem nem em mulher, e isso não significa que eu não goste de cavalheirismo.
Eu não gosto de frescura e nem de futilidades extremas e sem sentido, mas isso não significa que eu não goste de me arrumar, de fofices bobas e de outras coisas "de meninas".
Eu acho perda de tempo a vaidade extrema, mas faço as unhas toda semana e adoro cuidar do meu cabelo.
Eu não acredito em certas "convenções" da sociedade, mas quero casar, mesmo que não seja de branco nem na igreja.
Eu sou menina e sou mulher, mas não sou princesa.
Eu falo o que penso, mesmo sendo tímida.
Não tenho muito senso de direção, mas isso não significa que eu não saiba onde quero chegar.
Eu gosto de ser cuidada, isso não quer dizer que eu goste de ser controlada.
Eu carrego minhas malas, por mais pesadas que sejam, isso não quer dizer que não aprecie gentilezas.
Eu sei lavar, passar, cozinhar, costurar e gosto de tudo isso, mas não pense que faço tudo isso pra qualquer um.
Eu gosto de romantismo, mas não faço questão dele o tempo todo.
Eu sou mulher e não sei diferenciar todas as cores, não gosto de comprar sapatos e sempre opto pelo conforto, o que não significa que eu não seja feminina(não feminista).
Eu sou bastante forte, mas não significa que não tenha minhas fraquezas.
Eu sou tudo isso e muito mais.
Mas não me rotule...o fato de você saber quem eu sou, não significa que você me conheça de fato.

E dai que eu não sou a mais linda, a mais inteligente, a mais"antenada", a mais moderna, a mais MAIS...
Também não sou a mais meiga, a mais educada, a mais simpática...e também não faço questão de ser nada disso...
Prefiro ser assim...eu mesma, do jeitinho que sou.
E sendo assim, desse jeito mesmo, tenho muito do que me orgulhar.
Loucura? Insanidade?
Pode ser, mas quer saber?
Nem ligo.
Já pensei a respeito, já pensei em mudar, até mudei com o tempo, mas e essência, esta ainda está lá...
Sempre procuro ser e fazer o meu melhor, mesmo que, por vezes, ache tão complicado...
Toda essa loucura e insanidade tem seu charme e eu...vou seguindo com o meu próprio charme...mesmo que isso não agrade a todos, já me agrada saber, que é agradável á poucos...

domingo, 4 de outubro de 2009

O amor...
Taí uma coisa que não é fácil...nem de viver, nem de sentir, menos ainda de explicar ou definir...
Não acredito naqueles amores de novela, onde a mocinha sofre o tempo inteiro mas no último capítulo se casa, tem filhos e constitui uma família digna de comercial de margarina...
Claro que eu gosto de finais felizes, torço por eles e tudo mais, mas, sejamos realistas, nem sempre as histórias de amor (e a vida em geral), tem um final feliz.
Eu acredito mesmo é no dia a dia...
Acredito que felicidade e amor caminhem juntos.
Não que sejamos sempre felizes quando amamos ou somos amados, afinal, em certos momentos, é natural que fiquemos tristes, com raiva, indignados etc...
Mas, partindo do princípio que felicidade é uma coletânea de pequenas alegrias cotidianas e de momentos incrivelmente bons, podemos concluir que, felicidade é algo subjetivo e que, nesse caso podemos generalizar...
Confuso neh?
Pois é.
felicidade e amor são assim, ao menos pra mim...
Também não acredito em almas gemeas, amor a primeira vista, par perfeito nem nada disso...
Os opostos se atraem?
Talvez, mas não creio que se mantenham juntos por muito tempo, afinal, diferenças todos temos e vamos continuar tendo, mas quando essas diferenças são extremas, acaba pesando...pra nós ou pra quem esteja com a gente...
Também não é ser igual em tudo, é mais, é completar o que falta...
Todos nós queremos desesperadamente ser amados.
Mas o que é amor afinal???
É querer estar o tempo todo com a pessoa?
Bobagem...estar junto o tempo inteiro, acaba gerando falta de assunto...
Isso é paixão (minha opinião).
Paixão é aquilo que tira seu chão...não que não seja bom, mas se for contínuo, procure um médico...
Claro que, mesmo sendo "coisas" diferentes, você pode ser apaixonado eternamente pela pessoa que ama, já diz a máxima que "amar e se apaixonar todos os dias pela mesma pessoa".
Concordo, mas ainda assim, amor é mais do que isso.
Acho que amor é querer (e de preferência, conseguir), alguém para dividir o pouco que somos e temos, mesmo que esse pouco não seja tão pouco assim...
É ter pra quem voltar, é ter com quem caminhar, com quem dividir e somar...
Clichê?
Talvez..., mas também acho que o amor é meio piegas às vezes...
Ah, amor de pai e mãe não vale, não conta...esse está incluído em outra categoria de amor...
Eu estou falando de alguém que estará junto com você, mesmo quando não está.
Alguém que sempre estará pronto pra te salvar, mesmo que seja de você mesmo.
Alguém que vai gostar de você, mesmo nos dias em que nem você se suporta...
Não é posse, não é monopólio, mais do que isso ainda, é querer sempre o melhor pro outro, ainda que, nem sempre, seja o que você considera o melhor pra você naquele momento...
O amor não é exatamente um sentimento, mas a soma de todos os outros sentimentos, mesmo os que não são tão bons, afinal, se tudo fosse sempre o "mundo de Pollyana", seríamos todos um bando de bobos...
É estranho e curioso como corremos atrás de algo que nem sabemos direito o que é ou como funciona.
Acho que a melhor sensação do mundo é saber que, depois de um dia ruim, ou muito bom, temos pra quem voltar, um porto seguro...
Alguém pra contar e dividir as alegrias, pra ajudar a suportar as tristezas, decepções e momentos ruins.
Alguém pra apertar sua mão quando quer mostrar algo discretamente, alguém pra rir das suas piadas(mesmo as mais toscas), pra dividir olhares, enfim...alguém pra estar com você...
O amor é mais que o amor, mas amor é parte fundamental de amar...
É assistir televisão juntos, mesmo sabendo que tem uma porção de coisas pra fazer, é fazer companhia. participar do "making of", sem pensar o tempo todo no oscar...
É suportar brigas, contas, discordâncias e todos os problemas do cotidiano.
O amor, o de verdade, não os das novelas e filmes, não se resume só a beijos e abraços em camêra lenta com trilha sonora e final, previsivelmente feliz.
Ele é e está num sorriso, numa cena de ciúmes, nas refeições, no lazer, no sexo, na falta de pretensão...
Na vontade de querer saber se a pessoa está bem e na vontade de sempre querer ver a pessoa bem.
Em cada passo que você dá com a pessoa.
É abrir mão de ter razão, em nome da paz...
Enfim, não sei definir exatamente o que é "isso", mas sei que, assim como todo mundo(eu acho)...é isso ai o que eu quero pra mim.
Cadê?